Segundo o “The 2018 IHRSA Global Report”, o Brasil possui 34.509 academias, sendo o segundo país do mundo em quantidade de estabelecimentos, atrás somente dos EUA.
Parece um número expressivo, mas como o Brasil é um país continental, se dividirmos o número de academias pela quantidade de municípios do país, chegamos a uma média de ~6 academias por município. Esse montante de academias absorve ~10 milhões de pessoas, o que parece muita gente, mas representa apenas ~5% da população do país, gerando uma média de 278 pessoas atendidas por academia.
Para se ter uma ideia do quão ainda é singela a representatividade do setor no Brasil, nos EUA, líder mundial do mercado, embora a quantidade total de academias seja apenas ligeiramente superior à do Brasil (38.476), gerando uma média de academias por cidade muito menor que a nossa (~2 academias por município) – pois os EUA possuem muito mais municípios que o Brasil – a média de pessoas atendidas em cada academia é de ~1600, contemplando um total de ~61 milhões de pessoas, o que representa ~20% da população dos EUA.
Algumas sugestões:
Profissionais de Educação Física devem ser os principais incentivadores do movimento e isso implica uma mudança radical de postura pública, sobretudo, em redes sociais. Isso requer muita reflexão pessoal.
Instituições públicas e privadas devem incentivar de forma maciça a prática do exercício físico, pois gostar de atividade física é um passo importante para ingressar em uma academia. Isso requer revisão de orçamento.
O “Corpo Perfeito” deve dar mais espaço para a “PROMOÇÃO DA SAÚDE” nas campanhas publicitárias das academias e afins. Isso requer conhecimento sobre perfil do público-alvo.
Os setores de marketing, vendas e retenção de clientes em academias devem ser profissionalizados. Isso requer investimento e treinamento.
As academias deveriam aliar-se para requerer junto ao governo federal a diminuição da carga tributária, principalmente para os equipamentos necessários para montagem dessas empresas, favorecendo assim o acesso das pessoas para esses ambientes.
O próprio governo federal deveria facilitar e/ou incentivar o empreendedorismo no setor.
Fonte: Prof. Cauê La Scala Teixeira